sábado, 3 de junho de 2017

Lista de filmes Festival Varilux de Cinema Francês


Como disse no post anterior, o Festival Varilux de Cinema Francês é um dos meus favoritos, ou até mesmo O favorito. Entre os filmes que mais quero ver estão Amanhã, Rodin, Uma Família de Dois, Frantz e Perdidos em Paris, mas espero conseguir assistir a todos.

Empolgado para seu inicio, deixo para vocês a lista de filmes que serão exibidos entre os dias 07 e 21 de junho.

Vinheta Festival Varilux de Cinema Francês:




Lista de filmes:

Uma agente muito louca (Raid Dingue), de Dany Boon (2017)
Com Dany Boon, Alice Pol, Michel Blanc
Comédia – 1h 45min
Distribuição no Brasil: California Filmes

Amanhã (Demain), de Cyril Dion e Mélanie Laurent (2015)
Com Mélanie Laurent, Pierre Rabhi e Olivier de Schutter
Documentário - 1h58min
Distribuição no Brasil: Bonfilm

Na cama com Victoria (Victoria), de Justine Triet (2016)
Com Vincent Lacoste, Virginie Efira e Melvil Poupaud
Comédia dramática - 1h37min
Distribuição no Brasil: Califórnia Filmes

Coração e alma (Réparer les vivants), de Katell Quillévéré (2016)
Com Tahar Rahim, Emmanuelle Seigner e Anne Dorval
Drama - 1h40min
Distribuição no Brasil: California Filmes

Uma Família de Dois (Demain tout Commence), de Hugo Gélin (2017)
Com Omar Sy, Clémence Poésy, Antoine Bertrand
Comédia dramática - 1h55
Distribuição no Brasil: Paris Filmes

O Filho Uruguaio (Une Vie Ailleurs), de Olivier Peyon (2017)
Com Isabelle Carré, Ramzy Bedia, Maria Dupláa
Drama - 1h36min
Distribuição no Brasil: Bonfilm

Frantz, de François Ozon (2017)
Com Pierre Niney, Paula Beer, Ernst Stötzner
Drama - 1h53min
Distribuição no Brasil: California Filmes

Um Instante de Amor (Mal de Pierres), de Nicole Garcia (2016)
Com Marion Cotillard, Louis Garrel, Alex Brendemühl
Drama - 1h56
Distribuição no Brasil: Mares Filmes

Perdidos em Paris (Paris pieds nus), de Fiona Gordon, Dominique Abel (2017)
Com Fiona Gordon, Dominique Abel, Emmanuelle Riva
Comédia - 1h23min
Distribuição no Brasil: Pandora Filmes

Um Perfil para Dois (Un Profil pour Deux), de Stéphane Robelin (2017)
Com Pierre Richard, Yaniss Lespert, Fanny Valette
Comédia romântica - 1h39
Distribuição no Brasil: Paris Filmes

O Reencontro (Sage Femme), de Martin Provost (2017)
Com Catherine Frot, Catherine Deneuve, Mylène Demongeot
Drama/Comédia – 1h57min
Distribuição no Brasil: Mares Filmes

Rock’n roll – Por trás da fama, de Guillaume Canet (2017)
Com Guillaume Canet, Marion Cotillard, Gilles Lellouche
Comédia - 2h03min
Distribuição no Brasil: Bonfilm

Rodin, de Jacques Doillon
Com Vincent Lindon, Izia Higelin, Séverine Caneele (2017)
Drama - 1h59min
Distribuição no Brasil: Mares Filmes

Tal mãe, tal filha (Telle mère, telle fille), de Noèmie Saglio (2017)
Com Juliette Binoche, Camille Cotting, Lambert Wilson
Comédia - 1h34min
Distribuição no Brasil: California Filmes

Tour de France, de Rachid Djaïdani (2016)
Com Gérard Depardieu, Sadek e Louise Grinberg
Comédia dramática - 1h35min
Distribuição no Brasil: Bonfilm

Na vertical (Rester Vertical), de Alain Guiraudie (2016)
Com Damien Bonnard, India Hair, Christian Bouillette
Drama - 1h 40min
Distribuição no Brasil: Zeta Filmes

A viagem de Fanny (Le Voyage de Fanny), de Lola Doillon (2016)
Com Cécile de France, Léonie Souchaud, Fantine Harduin
Aventura/Drama – 1h 34min
Distribuição no Brasil: Mares Filmes

A vida de uma mulher (Une vie), de Stéphane Brizé (2016)
Com Judith Chemla, Jean-Pierre Darroussin e Yolande Moreau
Drama - 1h59min
Distribuição no Brasil: Mares Filmes

Duas garotas românticas (Les demoiselles de Rochefort), de Jacques Demy e Agnès Varda (1967)
Com Catherine Deneuve, Françoise Dorléac e Danielle Darrieux
Comédia musical - 2h04min

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Em um Pátio em Paris



Faz um tempo que criei esse blog, mas como comecei a ter mais responsabilidades no trabalho, não tive tempo, muito menos ânimo, para um primeiro texto. Mas contando com o inicio do Festival Varilux de Cinema Francês (minha mostra favorita), que começa na próxima semana, cá estou e nada melhor do que começar com um filme vindo de onde surgiu o Nouvelle Vague.

Ando assistindo um ou dois filmes por dia, dependendo do que há de bom, o último foi ‘Em um Pátio de Paris’ (Dans la Cour, 2014), de Pierre Salvadori. O filme nos apresenta a vida de Antoine (Gustave de Kervern) com uma leveza atraente, mas já nos preparando para o que vai acontecer. Antoine decide, em uma de suas apresentações, abandonar sua carreira musical, deixando o público aos pedidos de reembolso. Na procura de um novo emprego, buscando algo que o deixe sossegado e onde possa passar despercebido, acaba virando o zelador de um condomínio.

A primeira vista, parece o trabalho ideal para Antoine, que consegue, como bônus, um lugar para morar, onde pode viver de cerveja e cocaína (sendo essa a única maneira de conseguir conversar com outras pessoas). Porém, uma das moradoras do lugar é Mathilde (Catherine Deneuve), que, recentemente aposentada, vive sua vida para outras pessoas, o que acaba levando ela a o que muitos chamariam de loucura, mas segundo Salvadori, também responsável pelo roteiro, é só uma das formas da depressão.

Antoine e Mathilde tornam-se amigos e, nesse quesito, fazem um belo par. Um busca ajudar o outro, sem antes conseguir ajudar a si próprio, assim vivem juntos, cada um a sua depressão. Antoine, por vezes, é engraçado, com sua incapacidade de dizer não a amiga, ou a qualquer outro personagem que aparece em sua vida, mas também é triste ver o jeito como sua vida vai. Já Mathilde, beira a loucura, querendo abraçar o mundo e ao mesmo tempo, brigar com ele, levando para dentro de si uma confusão desnorteada, que transborda e começa afetar seu dia-a-dia.

A forma como Pierre Salvadori desenvolveu cada personagem é excepcional, tratando seus problemas a fundo, com sensibilidade a cada detalhe, em cada cena, mas dando um toque cômico aqui ou ali, para que o público não caia na monotonia que eles enfrentam. As atuação de Catherine Deneuve e Gustave de Kervern ajudam em muito o caminhar da história, são expressões, gestos e movimentos que traduzem o que o diretor deseja mostrar, mesmo quando palavras não são ditas.


Pierre Salvadori traz um tempo no qual muitos falam, mas poucos entende. E em ‘Em um Pátio em Paris’ ele acontece em suas formas e estágios, como Antoine já buscando um fim para tudo isso, enquanto Mathilde chegando aos primeiros estágios, um se salvando, o outro se entregando. Esse é um filme que divide opiniões, mas certamente merece ser assistido, pois sua leveza depressiva é necessária para que possamos entender um pouco mais sobre o assunto, pois “apesar das ansiedades e dos medos, devemos fazer de tudo para voltar para os outros”, ou será que não?