quinta-feira, 15 de março de 2018

O Massacre em Guernica (Gernika, 2016)


Guernica ficou famosa pelas mãos de Picasso, sendo um dos quadros mais importantes do pintor, e o mais importante do cubismo. O Massacre de Guernica (Gernika, 2016) mostra (com um pouco de romance, montanto um plano de fundo) o desastre que inspirou Picasso em sua obra, que assim como no filme, expõe os efeitos da guerra em uma população.

Dirigido por Koldo Serra, diretor basco, que começou a coletar informações sobre o ocorrido em 2012. Depois, com relatos de sobreviventes, o diretor conta o que viveu o jornalista George Steer, que cobria a Guerra Civil Espanhola, quando os alemães bombardiaram o País Basco. Os relatos de Steer mostram não só as atrocidades da guerra, mas também a importancia da midia para que a situação de locais, muitas vezes explorados, sejam visto pelo mundo.

No filme, George Steer recebe o nome de Henry (e é interpretado por James D'Arcy), um jornalista sensacionalista, que busca criar grandes artigos, sendo eles embasados na verdade ou não. Conhece Teresa, uma funcionária do gabinete de imprensa dos Republicanos do Norte, interpretada pela atriz espanhola María Valverde. Em primeiro momento, os dois entram em conflito devido as atitudes de Henry, mas em poucos dias surge um romance que nos leva a passear por um cenário de guerra, pobreza e descaso.

Embora Steer fosse inglês, Henry é um americano, isso porque trazendo O Massacre de Guernica para mais perto da história de seu povo, Koldo quis dar um novo aspecto ao personagem, deixando o jornalista mais próximo do que ele pretendia apresentar. Essa mudança não influencia muito no decorrer do filme, é montado um romance para dar um tom mais leve ao filme e entregar o clichê que ganha as telas em praticamente todas as produções.

Esse não é o primeiro filme que busca ir além do entretenimento e mostra a realidade vivida por uma população (temos como bons exemplos os filmes Repórteres de Guerra e 5 Dias de Guerra) e a importância do jornalismo em meio a tudo isso, ainda não ficou para trás, hoje vemos nos noticiários todos os horrores causados por guerras onde a maioria das pessoas que sofrem não escolheram lutá-las, e, pessoalmente, gostariam que todas essas noticias fossem apenas mais um filme.

Nenhum comentário:

Postar um comentário