Sabe aquela impressão que temos, que quando criança o caminho até a padaria é longo e uma grande aventura? Takara - A Noite Em Que Nadei traz essa impressão. Os 79 minutos parecem durar horas. Um filme sem diálogos e planos longos é uma manobra arriscada. Mas o trabalho dos diretores Kohei Igarashi e Damien Manivel é excelente e poderíamos ficar mais tempo contemplando cada cenário.
Takara é um jovem de seis anos que decide sair em uma aventura. Nada do que acontece é por acaso ou feito sem planejamento. O filme dividido em três partes nos indica o clímax de cada momento. No começo temos o objetivo, levar um desenho em algum lugar. Notamos que essa "missão" já havia sido planejada quando o garoto pega uma fruta escondida no meio da neve e começa sua jornada. Então vem o processo, um longo caminho até a cidade que parece tão grande para uma pequena criança. Mas não existe perigo, em nenhum momento precisamos nos preocupar com a segurança de Takara. Por fim, o retorno para casa.
Desapegados de muitos clichês que levariam o filme a mesmice, Igarashi e Manivel criam uma história despretensiosa e imprevisível. A forma como o filme é dividido em partes nos ajuda a entender o que está acontecendo sem estragar as surpresas. É difícil descobrir qual a motivação de Takara. Mas quando isso acontece lembramos de cada detalhe e ficamos maravilhados com tamanha a ousadia do garoto e o quão forte uma criança pode ser.
É interessante saber que todos os atores faziam parte de uma família, no filme e na vida real. Embora os outros integrantes sirvam mais como um background para a jornada de Takara, talvez essa proximidade tenha feito sua atuação ser tão leve e direta. A normalidade com que ele interpreta seu personagem faz parecer que aquele é só mais um dia de sua vida real. Como se não houvessem câmeras gravando seus passos.
Mais uma vez devo dizer que o trabalho de Igarashi e Manivel é formidável. Eles conseguem, de uma maneira minimalista, capturar a essência que o personagem emana. Isso sem precisar que ele diga qualquer coisa. A câmera baixa em momentos cruciais, nos mostrando o tamanho que a cidade é aos olhos de uma criança. Os planos longos que nos deixam mais imersos na narrativa. São muitos elementos que fazem de Takara - A Noite Em Que Nadei uma grande obra do cinema.
Desapegados de muitos clichês que levariam o filme a mesmice, Igarashi e Manivel criam uma história despretensiosa e imprevisível. A forma como o filme é dividido em partes nos ajuda a entender o que está acontecendo sem estragar as surpresas. É difícil descobrir qual a motivação de Takara. Mas quando isso acontece lembramos de cada detalhe e ficamos maravilhados com tamanha a ousadia do garoto e o quão forte uma criança pode ser.
É interessante saber que todos os atores faziam parte de uma família, no filme e na vida real. Embora os outros integrantes sirvam mais como um background para a jornada de Takara, talvez essa proximidade tenha feito sua atuação ser tão leve e direta. A normalidade com que ele interpreta seu personagem faz parecer que aquele é só mais um dia de sua vida real. Como se não houvessem câmeras gravando seus passos.
Mais uma vez devo dizer que o trabalho de Igarashi e Manivel é formidável. Eles conseguem, de uma maneira minimalista, capturar a essência que o personagem emana. Isso sem precisar que ele diga qualquer coisa. A câmera baixa em momentos cruciais, nos mostrando o tamanho que a cidade é aos olhos de uma criança. Os planos longos que nos deixam mais imersos na narrativa. São muitos elementos que fazem de Takara - A Noite Em Que Nadei uma grande obra do cinema.
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