sábado, 13 de junho de 2020

O Vendedor de Sonhos (2016)


Adicionado recentemente ao catálogo da Netflix, O Vendedor de Sonhos agradou a muita gente. O filme dirigido por Jayme Monjardim é uma adaptação do livro homônimo do psicólogo Augusto Cury, trazendo Dan Stulbach e César Trancoso nos papéis principais. Com trama envolvente e repleto de lições, é fácil perceber os motivos pelos quais o filme tanto chamou a atenção, tendo ficado no Top 10 Brasil por muitas semanas. 

O psicólogo Júlio César (Stulbach) é convencido a desistir do suicídio por uma sujeito pragmático, interpretado por Trancoso, que se autodenomina O Vendedor de Sonhos. Esse acontecimento improvável faz com que os dois personagens andem pela metrópoles sob a sombra de prédios suntuosos, enquanto o Vendedor luta contra a ideia de trabalhar para viver ou viver para trabalhar. A jornada é repleta de aprendizado, tanto para Júlio quanto para o público. 

Outros personagens surgem como esteriótipos de personas que facilmente encontraríamos pelas ruas de qualquer cidade, cada um essencial para as lições que Monjardim deseja nos passar. Temos o psicólogo renomado que está no fundo do poço após falhar consigo mesmo. O empresário que já fora um dos mais ricos do mundo e devido ao trabalho perdeu até mesmo a sua sanidade. O morador de rua rejeitado por sua família e o garoto trombadinha que carece de oportunidades. São imagens que temos de pessoas que vivem nas ruas das grandes cidades e a forma como ela os engole.

A única coisa que parece faltar em O Vendedor de Sonhos é mais firmeza, para que a história não parecesse tão leve quando se fala de assuntos tão importantes, mas esse leveza também parece ser o que atrai tantos espectadores e desperta reflexão. O trabalho de Monjardim é excelente e ver Dan Stulbach e César Trancoso contracenando é um dos destaques do filme, que acompanha uma fotografia bela, principalmente em cenas de pouca luz. 

Vendo agora, essa adaptação poderia ter ganhado um pouco mais de destaque em seu lançamento, 2016, e dito isto, podemos ver um dos pontos positivos das plataformas de streaming. Claro que o filme visto em casa é diferente daquele que assistimos na tela grande, mas ainda assim é uma boa maneira de termos acesso e valorizarmos aquilo que em sua época ficou para trás.

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