segunda-feira, 29 de junho de 2020

Uma Quase Dupla (2018)


Estou aproveitando essa infeliz privação de salas de cinema para colocar algumas filmografias em dia. Uma delas é o cinema nacional, do qual tenho tanto apreço, porém pouca oportunidade devido a escassez de salas para assistí-lo, mas isso fica para outra conversa. Recentemente assisti Uma Quase Dupla, dirigido por Marcus Baldini (o mesmo de Bruna Surfistinha). O filme traz Tatá Werneck e Cauã Reymond como protagonistas e monta uma narrativa leve, mas cômica, como teria que ser.

A história se passa na cidade interiorana Joinlândia, onde, segundo o personagem de Reymond (Claudio), todo mundo é "jóia". Porém um assassinato misterioso traz a detetive especial Keyla (Tatá Werneck) para direto do Rio de Janeiro, onde se tem uma maior experiência com crimes. De cara vemos a diferença no sossego de Claudio, o tira bom, e a agitação da cidade grande de Keyla, a tira mal. Essa amizade que o policial tem com seus vizinhos se torna um grande problema quando Keyla começa a suspeitar de todos, e é então que se metem em discussões e situações cômicas.

Assistindo Uma Quase Dupla hoje, depois de um bom tempo de seu lançamento, vejo o quanto o filme é injustiçado. Reymond e Werneck são atores com personalidades diferentes, assim como seus personagens, e talvez seja esse o motivo da escolha de Baldini, já que os dois em cena forma uma excelente dupla. Mas o nome Tatá Werneck cria expectativas para uma grande comédia, o que infelizmente não é, porém, é tão bom quanto o tema permite. Se o diretor largasse a história para uma total comédia, perderia todo o mistério que nos prende a busca dos personagens.

É fácil ver o carinho com que o filme foi feito. A cidade parada no tempo mostra uma excelente fotografia e cuidado nos detalhes. A injustiça de que falo parte mesmo da comédia, mas enquanto é fácil ver as tiradas de Tatá, porém,todos os outros estão ali, como o momento em que Claudio para uma perseguição para conversar sobre "como vão as coisas" com uma senhora que está passando, não é uma piada tão espalhafatosa, mas ainda assim chega a ser bem engraçado.

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